PM ficará mais 6 meses na cracolândia

A ocupação da região da cracolândia e de bairros do entorno por policiais militares vai durar pelo menos mais seis meses. Nesse período, 287 homens permanecerão no local, com apoio de 117 ...

Compartilhar artigo

287 policiais permanecerão em ruas do centro e de bairros vizinhos pelo menos até agosto; corporação faz ‘cartilha’ de orientação

A ocupação da região da cracolândia e de bairros do entorno por policiais militares vai durar pelo menos mais seis meses. Nesse período, 287 homens permanecerão no local, com apoio de 117 carros e 26 motos, além de bicicletas, cavalos, cachorros e do helicóptero Águia – normalmente, o efetivo é de 28 agentes, divididos em dois turnos.

A afirmação foi dada ontem pelo comandante-geral da PM, coronel Álvaro Batista Camilo. “O objetivo neste primeiro mês é diminuir a atuação dos traficantes. E, nos seguintes, a PM fica para garantir trabalhos de saúde e assistência social. No segundo semestre, avaliaremos se é o caso de diminuir o efetivo”, disse.

O plano da PM é manter 120 homens do Comando de Policiamento da Capital concentrados nas ruas da cracolândia. Outros 152 são do Policiamento de Choque e vão fazer rondas em bairros vizinhos para tentar evitar a migração de usuários no entorno. Ainda participam da operação 12 bombeiros.

Para orientar esses homens e tentar evitar abusos, o coronel afirmou que estão sendo feitas preleções diárias sobre procedimentos que os policiais devem obedecer. Eles foram reunidos em uma espécie de “cartilha”, com regras do tipo: “a postura deve ser enérgica sem demonstração de agressividade, porém ostensiva e desestimuladora” e “dependentes químicos têm a opção de buscar tratamento adequado, fornecido pelos órgãos assistenciais e de tratamento”.

Ontem, o governo também proibiu a PM de usar bombas de efeito moral e balas de borracha contra usuários. O Estado mostrou anteontem que um tiro de borracha na boca da jovem B., de 17 anos, virou o primeiro boletim de ocorrência de tortura da operação.

Abusos – Em audiência na Câmara Municipal ontem à tarde, que contou com participação de políticos, entidades de direitos humanos e moradores de rua, a Defensoria Pública disse ter enviado à secretária de Estado da Justiça, Eloísa Arruda, pedido de mudança em procedimentos classificados como abusivos. “Não somos contrários à operação, mas aos meios que vêm sendo adotados. Não se pode abordar uma pessoa e levar à delegacia só por falta de documento. Isso é desrespeito total à Constituição”, disse o defensor Carlos Weiss. “A segurança pública já foi feita. Agora queremos saber do governo quando começa a abordagem social e de saúde.”

Vereadores e deputados também dispararam críticas. E devem fazer hoje à noite caminhada na região. “Parte da população clama por segurança. Temos do outro lado uma sociedade que não quer excessos da polícia”, disse o presidente da Câmara, José Police Neto (PSD).

Fonte: O Estado de S. Paulo

Artigos Relacionados...

Últimas Notícias

O surgimento e a expansão do ensino médico

Em fevereiro comemoramos os 216 anos da primeira Faculdade de Medicina do Brasil: a Universidade Federal da Bahia. Inicialmente chamada Escola de Cirurgia da Bahia,

Curta nossa página

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

Há 20 anos somos a entidade representativa dos estabelecimentos privados de saúde de São Paulo em âmbito nacional

plugins premium WordPress
Scroll to Top