Problemas urinários afetam mais de 10% da população brasileira

Sírio-Libanês inaugura Centro de Incontinência Urinária

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Estudos apontam que pelo menos 10% da população brasileira sofre com algum tipo de problema no trato urinário. Este percentual dobra com o passar do tempo, principalmente entre as mulheres. Acima dos 50 anos até 20% delas enfrentam problemas como dificuldade de esvaziar a bexiga, incontinência urinária, síndrome da bexiga hiperativa ou enurese noturna. Estes quadros são agravados com o decorrer da idade ou em pacientes de grupos específicos como neuropatas, diabéticos ou pacientes oncológicos. Pensando em oferecer uma abordagem multidisciplinar para o diagnóstico e tratamento dessas questões, o Hospital Sírio-Libanês inaugura nesta quinta-feira, 20 de março, seu Centro de Incontinência Urinária. O novo serviço integrará fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos a uma equipe de médicos especialistas no atendimento ao paciente com problemas urinários.
 
O Centro é focado no atendimento global do paciente e está capacitado a atender adultos e crianças de ambos os sexos. Para isso, conta com equipamentos de última geração como urodinâmica e vídeo-urodinâmica, que permitem a correta identificação do tipo de incontinência, gerando um diagnóstico mais preciso, e consequentemente, um tratamento personalizado.
 
O tratamento inclui desde soluções conservadoras como o uso de medicamentos, a reabilitação do assoalho pélvico por meio de biofeedback (o fisioterapeura monitora a movimentação do assoalho pélvico por meio de eletrodos de superfície, semelhante a um eletrocardiograma, e instrui o paciente a contrair e relaxar ou contrair esta musculatura nos momentos adequados) e a estimulação elétrica não invasiva onde correntes elétricas de pequena intensidade são aplicadas sobre a musculatura pélvica do paciente. Para casos refratários pode se utilizar cirurgias minimamente invasivas como a aplicação de toxina botulínica na bexiga ou a implantação de eletetrodos ligados a um gerador de pulso que modula a atividade do trato urinário por meio da emissão de estímulos elétricos de baixa intensidade (marcapasso vesical). 
 
Em casos mais complexos pode se ainda utilizar otratamento cirúrgico da incontinência por meio de fitas de material sintético, colocadas abaixo da uretra e que reforçam o esfíncter urinário denominadas slings ou até mesmo a substituição do mecanismo de válvula do trato urinário (esfíncter) por um esfíncter artificial. De acordo com Flávio Trigo, urologista e coordenador do Centro de Incontinência Urinária do Hospital Sírio-Libanês, todos os tipos de incontinência urinária trazem limitações aos pacientes e comprometem a qualidade de vida dos portadores. “Por causa da incontinência urinária, as pessoas deixam de sair de casa, de praticar atividades físicas e até de se relacionar social e sexualmente. O aumento da freqüência miccional tamb&eac ute;m afeta a qualidade do sono dos pacientes, que precisam açodar várias vezes ao longo da noite”, afirma.
 
Pacientes Oncológicos
 
Aproximadamente 20% dos homens submetidos à ressecção de próstata apresentam quadro de incontinência urinária após o procedimento, efeito que pode ser revertido com o tratamento adequado, atendimento médico especializado e sessões de fisioterapia. Segundo Trigo, dois terços destes pacientes têm o problema solucionado, em média, até um ano após a prostatectomia. Contudo, 7% dos pacientes operados permanecerão incontinentes após este período requerendo tratamento cirúrgico da incontinência.
 

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