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Gargalos na saúde  A saúde, como todo serviço público, tem que ser administrada do ponto de vista do cidadão usuá

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Gargalos na saúde 
A saúde, como todo serviço público, tem que ser administrada do ponto de vista do cidadão usuário do serviço. E,desse ponto de vista, o grande gargalo é o atendimento. O cidadão de São Paulo não pode mais conviver com filas intermináveis para consultas com médicos especialistas e exames que chegam a ultrapassar um ano de espera. Isso é inadmissível em um Estado que tem orçamento de R$ 200 bilhões por ano e que gasta em Saúde quase R$ 20 bilhões. Estou convencido de que boa parte disso se resolve com gestão e estrutura. É preciso gerir o sistema de Saúde de maneira inovadora, incorporando novas tecnologias como prontuário eletrônico unificado e centralização da oferta dos serviços de saúde. O controle deve ser feito por meio de um sistema capaz de enxergar o serviço como um todo. Ao mesmo tempo, há necessidade de construir estruturas adicionais, porque existem em São Paulo áreas carentes de leitos e/ou não atendidas por serviços de diagnóstico e de consultas especializadas devido à baixa capacidade da oferta.
 
Planejamento 
Sem dúvida nenhuma, o setor privado exerce um papel complementar à saúde pública que é fundamental, mas carece de um planejamento conjunto dos dois serviços. Eu considero perfeitamente possível o Estado negociar a compra de parte dos serviços do setor privado, até para poder liberar mais investimentos em outras áreas da saúde.  No meu governo, vamos dispor dessa alternativa, de poder usar a capacidade instalada ociosa do setor privado, onde houver, para cumprir o papel do serviço público de saúde, que é atender às necessidades do cidadão.
 
OSS e PPPs 
Essas são maneiras modernas de trazer para o serviço público a eficiência do setor privado.  Eu, originário que sou do setor privado, acredito nessas formas de organização e, no meu governo, usaremos prioritariamente as OSS e as PPPs.
 
Falta de leitos 
Não é questão de crença, de acreditar ou não. É questão de consulta aos números, não de forma genérica. Quando a gente olha simplesmente a disponibilidade de leitos públicos no Estado de São Paulo, vê o número médio de 2,5 leitos para cada mil habitantes, o que está dentro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. No entanto, uma análise específica do ponto de vista regional identifica áreas com muita carência de leitos públicos no Estado. Eu claramente falo do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Baixada Santista, Sorocaba e Campinas, como principais regiões desassistidas, mas há falta de leitos em outros locais, onde a escassez é menos grave, como Franca, Araraquara, São Carlos e Ribeirão Preto. Vamos expandir a oferta de leitos públicos por meio de OSS, PPPs e contratação de parte da estrutura privada.
 
Dependentes químicos 
Para dar continuidade a uma política, é preciso que ela exista, o que parece não ser o caso de São Paulo. Diante das estimativas de 450 mil a 600 mil dependentes de crack, que é um problema que se espalhou e aflige até pequenas cidades do interior, temos um programa estadual acanhado que só atende 2 mil usuários da droga. Precisamos de um programa do tamanho do problema. A droga não é um problema unicamente de saúde. É também problema de segurança, de tráfico que precisa ser coibido. Não pode haver tolerância nessa área. Do ponto de vista da saúde, a rede pública precisa se equipar de forma adequada para cuidar do tratamento de tantos usuários de drogas. Além de prover a estrutura da rede pública, vamos contratar na rede privada mais leitos e serviços de recuperação de dependentes químicos, de crack, álcool e outras drogas.
 
Prevenção  e qualidade de vida 
Além de o custo ser muito mais barato, sempre é melhor prevenir do que remediar. É na rede escolar que vamos concentrar o trabalho de prevenção, de modo articulado com uma rede de proteção social que é acionada toda vez que for identificado um risco de envolvimento de crianças e jovens com drogas. Esse trabalho envolve palestras, segurança nas escolas e serviços de assistência social.
 
Idosos 
Sem duvida nenhuma, o País está fazendo uma transição etária. Dentro de algumas décadas, vamos ter mais idosos do que crianças e jovens.  O Estado de São Paulo também está avançado nessa direção e temos que dar conta dessa novidade para os serviços públicos em geral e a saúde, em particular. Para isso, precisamos adequar as estruturas dos hospitais e serviços de saúde à maior incidência de cuidados geriátricos e de doenças associadas aos idosos, por meio de oferta própria ou contratação do setor privado. Em outra frente, vamos avançar na tecnologia de assistência ao idoso, formar mais cuidadores de idosos e dar treinamento para seus familiares, além de adequar os equipamentos públicos e construir uma rede de centros de convivência de idosos.  
 
Modelo assistencial 
Antes de discutir as mudanças relacionadas ao perfil etário e epidemiológico, precisamos ter um serviço que funcione de maneira satisfatória. Ainda estamos muito longe disso. Do ponto de vista do usuário final, sabemos das dificuldades que a população enfrenta com as filas, a demora e com o descaso existente hoje na saúde. Quando estiver funcionado em plenitude, vamos identificar as reais necessidades de adequação dessa estrutura aos novos perfis etários e epidemiológicos. Mas insisto, é preciso em primeiro lugar arrumar a casa. E isso eu vou fazer, é um compromisso que eu tenho com a população. No segundo momento, a gente faz as adequações necessárias.
 
 

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