O gigante tecnológico Google entrou na luta contra o vírus zika. Para auxiliar o combate à doença, a empresa anunciou a doação de US$ 1 milhão para a Unicef, além de apoio tecnológico. Uma equipe de técnicos da multinacional vai ajudar na criação de uma plataforma de processamento de dados para antecipar novos focos da doença.
O vírus é responsável por epidemias no Brasil e em outros países da América latina. No mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS), decretou emergência de saúde pública por causa do zika, que também é responsável por um aumento de casos de microcefalia.
Num comunicado publicado em seu blog, a companhia fala sobre a dificuldade de identificar e combater o avanço do zika, pois indícios apontam que quatro em cinco pessoas não demonstram sintomas, mas podem espalhar a doença. E o vetor Aedes aegypti está presente em várias partes do mundo.
“Isso significa que o combate ao zika requer alertar as pessoas sobre como elas podem se proteger, além de apoiar organizações que podem ajudar no desenvolvimento de diagnósticos rápidos e vacinas” diz a Google. “Nós também temos que encontrar melhores formar de visualizar a ameaça para que agentes de saúde e ONGs possam apoiar comunidades em risco”.
Um time de voluntários da empresa formado por engenheiros, designers e cientistas de dados está ajudando a Unicef na construção de uma plataforma para processamento de dados de diferentes fontes, como clima e padrões de viagens, para antecipar o surgimento de novos focos. O objetivo é contruir uma plataforma aberta para identificar os riscos de transmissão para diferentes regiões e ajudar instituições internacionais, governos e ONGs a decidir onde empregar recursos e esforços.
A empresa também lançou uma campanha interna de doações e espera arrecadar outros US$ 500 mil para a Unicef e para a Organização Pan-Americana de Saúde. Os esforços para o combate à doença também estão nos produtos. Informações robustas sobre a doença em 16 línguas, com detalhes sobre transmissão, sintomas e alertas de organizações de saúde foram disponibilizadas. As buscas sobre o vírus aumentaram mais de 3.000% nos últimos meses.
Um trabalho em parceria com canais populares no YouTube, como Sesame Street e o médico Drauzio Varella, está sendo feito para a criação de conteúdos que alertem sobre a doença.