ANAHP e Interfarma lançam estudo sobre os custos da saúde

Entidades questionam índices e apontam soluções para o setor

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A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) lançaram, em 2 de outubro, o estudo de Custos da Saúde – Fatos e Interpretações, que aponta problemas na medição dos custos de saúde no país. O evento foi realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

De acordo com Francisco Balestrin, presidente do conselho da Anahp, o principal objetivo do trabalho é esclarecer e diferenciar a inflação médica e os custos da saúde, que crescem rapidamente no Brasil. “A inflação médica refere-se principalmente à variação de preços de uma cesta de bens e serviços relacionados à saúde, mas que não abrangem a frequência com que são utilizadas. Já os custos da saúde incluem não só a variação de preços, como também a quantidade consumida”, explicou. 

O documento aponta o aumento nos gastos das operadoras e também o alto reajuste nos preços dos planos de saúde que, de 2012 a 2017 aumentaram em 67,9%. Como base de comparação, no mesmo período a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou 38,8%. 

Mesmo com o crescimento das despesas assistenciais mais acelerado que o das receitas com planos de saúde, o resultado líquido das operadoras cresceu, em média, quase 70% no biênio 2015/2016, segundo o Prisma Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, publicado neste ano pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“Falta no Brasil olharmos a saúde por dois pontos de vista. O primeiro é a despesa, há uma questão de modelo assistencial que deve ser melhor aproveitada pois impacta na dinâmica de preços do setor. Por outro lado, há a receita, o foco no paciente onde os agentes econômicos do setor sejam remunerados por manter as pessoas saudáveis e não para realizar procedimentos”, afirmou Leandro Fonseca, diretor da ANS.

Para Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma, o Brasil melhorou muito nos últimos 40 anos, mas não há solução para a saúde à curto prazo. “É preciso pôr em discussão o sistema e nosso objetivo é chegar no foco do problema, que é um país despreparado em prevenção, remuneração e informatização”, disse.

Parabenizando o trabalho, Luiz Fernando Ferrari Neto, diretor da FEHOESP e vice-presidente do SINDHOSP, afirmou que o estudo apresenta a assimetria da cadeia produtiva não somente em repassar seus custos, mas também entre os próprios prestadores de serviços que ficam reféns de índices que levam em consideração uma inflação baseada em frequência.

O presidente do IEPAS, José Carlos Barbério, também compareceu ao evento.

Acesse o estudo completo clicando aqui.

 

Fonte: Rebeca Salgado
Foto: Leandro Godoi

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