Experiências bem-sucedidas em setores como o financeiro, replicadas e adaptadas à gestão dos hospitais com resultados igualmente positivos, mostram que o setor de saúde privada se beneficia com a vinda de executivos de outros mercados. Essa é uma das conclusões do 1º. Hospital Management Summit, que a IBC promoveu em São Paulo, entre 22 e 24 de agosto.
Para uma plateia de centenas de profissionais de todo o País, os palestrantes mostraram que há várias boas práticas de gestão e administração em outros mercados e que podem ser aproveitadas na área de saúde. “Devidamente adaptadas, as ideias geram resultados igualmente positivos em nossa área”, explica Patrícia Severo Lins, administradora hospitalar que presidiu os trabalhos da sessão plenária no dia 23.
Um dos vários exemplos mostrados no Hospital Management Summit veio de Curitiba, do Hospital ViValle. O presidente da Instituição, Felipe Ciotola Bruno, aproveitou a ideia dos gerentes de carteiras que existem nos bancos de investimentos e adaptou para a sua realidade, com “gerentes de carteiras” para o corpo clínico. A experiência gerou bons resultados, e hoje dos sete diretores do Hospital apenas dois são da área médica. Outras práticas de mercado também foram incorporadas com bons resultados no hospital curitibano.
Seguindo a mesma linha, o Hospital Management Summit abriu espaço para vários debates sobre o aperfeiçoamento da gestão de processos e operações, da gestão de pessoas e do corpo clínico, da melhoria na qualidade assistencial, e gestão de custos e de suprimentos, que incluiu discussões sobre a gestão dos materiais de alto custo.
Competição e associação no setor
Para o professor Paulo Feldman, coordenador da Fundação Instituto de Administração, aos hospitais brasileiros falta a “competição” responsável por incentivar as organizações a investir em inovação e melhoria de processos.
Segundo o professor o modelo não existe no país, mas a competição poderia ser estimulada por meio de uma agência reguladora que premiasse os hospitais com índices mais elevados de cura para seus pacientes, e penalizasse aquelas instituições com os índices mais baixos. “Não sendo possível, cabe a cada hospital buscar seus próprios índices de produtividade e eficiência, buscando superá-los constantemente” explica o professor.
“Além disso, devemos abandonar o traço cultural que nos faz considerar os concorrentes como inimigos a serem aniquilados. Dois ou três hospitais que se unem para realizar pesquisas em conjunto conseguem melhores resultados do que trabalhando isoladamente. Isso é inovação com gestão mais eficiente”, conclui o pesquisador.
O Hospital Management Summit foi promovido pela IBC com o patrocínio da Gtt Healthcare, 3Gen, Fiorentini, Senac São Paulo, Siemens, Air Liquide , DalBeln, MV e Grupo Tejofran, além do apoio das principais entidades do setor. Os organizadores já informaram que o 2º. Hospital Management Summit acontecerá em São Paulo, de 11 a 13 de abril de 2012.
Fonte: Assessoria de imprensa IBC
