Palestrantes respondem a dúvidas geradas durante Congresso de Clínicas

Realizado em 21 de maio, o Congresso Brasileiro de Gestão de Clínicas em Serviços de Saúde contou com a presença de diversos palestrantes, e abordou assuntos

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Realizado em 21 de maio, o Congresso Brasileiro de Gestão de Clínicas em Serviços de Saúde contou com a presença de diversos palestrantes, e abordou assuntos como gestão da qualidade, visão empreendedora, meritocracia e formas de remuneração. Na ocasião, como a programação das atividades foram intensas, muitas perguntas da plateia ficaram sem resposta. Mas os palestrante se comprometeram a responde-las e disponibilizá-las via site.
 
Confira, a seguir, as perguntas e respostas: 
 
1. Existe algum projeto da Sul América para a implantação de um programa de avaliação para laboratórios (SADT)?
 
A Sulamérica possui um programa implementado para avaliação dos serviços de home care denominado IQAD – Indicadores de Qualidade em Atendimento Domiciliar. Segundo seu representante estão em desenvolvimento outros programas voltados para avaliação de laboratórios e clínicas de especialidades.
 
2. Na sua opinião, quem tem melhores perspectivas do mercado? Clinicas voltadas para classes A e B ou C e D?
 
A escolha correta do público a ser atendido é que levará a clínica a ter melhores perspectivas no mercado. Na realidade tudo vai depender do perfil da população da região da clínica e os serviços disponíveis em formato adequado ao público escolhido. Sabemos que hoje existe uma mudança considerável na economia favorecendo a migração entre as classes sociais.  Quem souber atender cada uma delas de forma melhor terá mais chance de ser bem sucedido. O grande desafio é encontrar o segmento mais interessante, ou seja, aquele em que poucas empresas estejam inseridas. Com certeza o planejamento de marketing poderá direcionar de forma organizada essa escolha.
 
3. A visão empreendedora envolve decisões e atividades ousadas e complexas. Qual conselho para que se tenha êxito e sucesso em clínicas de pequeno porte? 
 
– Apesar de pequena, é preciso tratar a instituição como uma empresa, com relatórios adequados de resultados, clara separação da clinica e do sócio. 
– Manter os registros atualizados e confiáveis, tratar a empresa como empresa e não como um condomínio.
A maioria dos empreendedores dirigem seu negócio tentando criar algo novo de valor e/ou melhorar algo que já existe trazendo uma diferenciação no mercado. Acho que esse tipo de visão pode ser aplicável em qualquer tipo ou tamanho de negócio, analisando cada processo dentro da clínica como algo que pode ser melhorado ou recriado. Além disso, o empreendedor entende que o erro faz parte do processo de melhoria, portanto, organizam o negócio de forma que sejam capaz de testar e “errar rápido” para então ajustar e acertar seu negócio tendo em vista o que o cliente procura.
– Ter sim ousadia, mas avaliar (fazer  cálculos) se os investimentos apesar dos riscos trarão retorno, pelo menos no projeto de investimento. Desenvolver planejamentos e coloca-los em ação, ter uma grande capacidade de execução, tanto em qualidade quanto em velocidade.
 
4. Voce acredita que a área da estética (dermatologia e cirurgia plástica) necessita de uma atenção especial dos profissionais, já que geram uma receita alta?
 
Quanto mais alto, mais machuca se o tombo acontecer. Além disso, alta receita nem sempre é sinônimo de alta lucratividade. Portanto, dentro do posicionamento de cada clínica, é interessante analisar outros fatores além da receita / faturamento que esse procedimento trás. Não existe empresa que não precisa de gerenciamento, controle, planejamento e informações confiáveis e dinâmicas.
 
5. Como faço para saber quanto vale a minha empresa? Existe alguma fórmula?
 
Existem cálculos financeiros (fórmulas) que demonstram de forma objetiva o valor patrimonial da empresa, desde o balanço, até a analise do EVA (valor agregado), Good Will,  múltiplos do faturamento, múltiplos da receita, mas a negociação é a melhor forma, afinal o vendedor tende a valorizar e o comprador a depreciar. O meio termo e o consenso é a melhor negociação
 
6. A consolidação em grandes empresas é boa ou ruim para o mercado da saúde?
 
Acredito que muito poder nas mãos de poucos , nunca será e não é bom para ninguém além do proprietário. Mas, também podemos analisar essa tendência de consolidação como um movimento que fará com que os melhores do mercado sobrevivam. Dessa forma, podemos aferir que a consolidação beneficiará aqueles que tem uma maior eficiência operacional e melhor organização estrutural, ou seja, catalisará mudanças e associações que usualmente já ocorreriam.
 
7. Quanto aos desafios citados, a dificuldade de negociação com as operadoras e descompasso entre recebimento e pagamentos são os piores problemas, na prática como agir, como reverter? – 
 
Não há formula mágica, só muita negociação, transparência e informações confiáveis para tomada de decisão e gestão , levando a empresa a excelência e alta produtividade. Para isso a análise e bom gerenciamento do ciclo de caixa de cada clínica é fundamental, que seria o equilíbrio entre prazos e valores de pagamento de fornecedores e recebimento das fontes pagadoras.
 
8. Qual sua opinião sobre policlinicas?É viável economicamente? 
 
Eu não vejo outra alternativa, para as instituições que quiserem crescer e prosperar, a não ser compartilhar custos, reduzir custos fixos, utilizar os recursos disponíveis da melhor forma possível, evitando ao máximo a ociosidade. E, para evitar a ociosidade qualquer alternativa é bem vinda, dependendo do seu modelo de negócios, inclusive a criação de policlínicas.
 
9. Quando o projeto Bússola contemplará clinicas sem médicos como sócios?
 
O projeto Bússola está enquadrado nas diretrizes da ONA, e, em especial, deverá haver o enquadramento da empresa a ser avaliada em um dos manuais publicados. Levamos ao conhecimento da ONA o pleito, haja vista que clínicas de fisioterapia, nutrição,

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