Médicos acreditam em tecnologia para incluir pacientes, diz pesquisa

Enquanto grande parte dos brasileiros já resolve inúmeras questões do dia a dia pela internet e não se vê mais sem seus aplicativos, principalmente redes soci

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Enquanto grande parte dos brasileiros já resolve inúmeras questões do dia a dia pela internet e não se vê mais sem seus aplicativos, principalmente redes sociais, apps de bancos e WhatsApp, o setor da saúde ainda está impedido de usar plenamente os recursos da rede por falta de regulamentação após a revogação da Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 2.227/2018. A resolução regulamentava a Telemedicina no Brasil, mas no momento está sendo revista pelo Conselho. 

Isso não significa, porém, que os profissionais de saúde estejam alheios à questão. Pelo contrário: uma pesquisa feita pela Associação Paulista de Medicina (APM) mostra que 90% dos médicos acreditam nas tecnologias digitais para ajudar a reduzir as filas no SUS. "Queremos dismistificar o receio de que as transformações digitais sejam prejudiciais ao relacionamento médico-paciente. Pelo contrário, elas aproximam mais os médicos dos pacientes", destaca Antonio Carlos Endrigo, diretor de Tecnologia da Informação da APM. 

O estudo "Pesquisa Conectividade e Saúde Digital na Vida do Médico Brasileiro", feito entre os dias 3 e 17 de fevereiro deste ano, teve a participação de 2.258 profissionais de 55 especialidades, entre elas clínica médica, cardiologia, ginecologia, obstetrícia, ortopedia e neurologia.

Para 70% dos respondentes, desde que haja tecnologia que permita segurança de dados e privacidade entre médico e paciente, o atendimento médico poderá ser ampliado para além do consultório. A maioria (65,19%) já usa o WhatsApp e outros aplicativos de mensagem para interagir com pacientes e familiares, fazendo uso diariamente (58,50%) ou algumas vezes por semana (24,84%). Uma boa parte dos médicos (43,76%) destaca que a falta de regulamentação é o motivo que os fazem utilizar ainda mais os recursos digitais e outro percentual (31,31%) diz que tem receio de a medicina ser banalizada. 

A pesquisa também mostra que os profissionais têm ficado à margem da regulamentação sobre o assunto: 28,81% não acompanham as discussões sobre a regulamentação; 22,05% afirmam não ter opinião formada sobre o assunto e apenas 18,64% concorda com a decisão do CFM de adiar a regulamentação. "A APM como instituição acompanha de perto a questão e reuniu a diretoria durante 3 dias para analisar artigo por artigo da Resolução. Enviamos contribuições ao CFM por meio de ofício em abril de 2019. A expectativa é que o Conselho emita algum parecer no segundo semestre de 2020", explicou Endrigo. 

Durante o evento que anunciou os dados da pesquisa, realizado no dia 10 de março em São Paulo, a APM também anunciou o lançamento do evento Global Summit Telemedicine & Digital Health, que está previsto para os dias 2 a 5 de junho no Transamerica Expo Center, na capital paulista.   

 

Por Eleni Trindade  

     

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