Análise do desempenho econômico-financeiro das operadoras

Setor de Controladoria da FEHOESP/SindHosp analisa cinco grandes operadoras

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A Diretoria de Normas e Habilitação de Operadoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou recentemente o Anuário: Aspectos Econômico-Financeiros das Operadoras de Planos de Saúde. A publicação é um painel de dados de cada operadora em atividade, como por exemplo, balanço patrimonial e demonstração de resultados do exercício de 2019, além de outros indicadores. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações de Beneficiários (SIB), Sistema de Cadastro de Operadoras (CADOP) e de demonstrações contábeis e Documentos de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS).

O Anuário traz vários indicadores e apresenta a fórmula de cálculo de cada um. Exemplos: Taxa de retorno sobre o ativo total, que mostra a relação entre o resultado líquido e o ativo total (ROA); Margem de lucro líquido: relação entre o resultado líquido e o total das receitas com operação de planos de saúde (contraprestações efetivas – MLL); Margem Ebitda: lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA); Índice de endividamento, que mostra a relação entre o exigível total e o ativo total (ENDIV); Sinistralidade (ou DM): índice de despesas assistenciais, ou despesas médicas ou, ainda, sinistralidade, que traz a relação entre despesas assistenciais (acrescido do valor absoluto das contraprestações de corresponsabilidade cedida – CCT) e o total das receitas com operação de planos de saúde da operadora, acrescido do valor absoluto das contraprestações de corresponsabilidade cedida; Prazo médio de pagamento de eventos, que indica o tempo médio que a operadora leva para pagar os eventos assistenciais (PMPE), entre outros.

“Todo gestor e profissional que negocia diretamente com as operadoras de planos de saúde deveria se debruçar sobre esse trabalho da ANS para entender a real situação econômico-financeira das operadoras, pelo menos as que geram maior volume assistencial para o estabelecimento de saúde”, acredita o vice-presidente do SindHosp e diretor das FEHOESP, Luiz Fernando Ferrari Neto.

A pedido do Departamento de Assistência à Saúde (DAS) da FEHOESP/SindHosp, o setor de Controladoria das entidades, com base nos dados do Anuário da ANS, fez uma análise econômico-financeira de cinco grandes operadoras, analisando indicadores de rentabilidade, liquidez, endividamento, ciclo operacional e desempenho econômico dos exercícios de 2018 e 2019. As operadoras analisadas são: Bradesco, Hapvida, Notredame, Amil e Sul América. “Analisar o desempenho das operadoras nos dois últimos exercícios é importante para entender em quais indicadores cada uma se sai melhor e se houve melhora ou piora de um ano para o outro. Isso pode ajudar o gestor no momento da negociação”, acredita Luiz Fernando Ferrari Neto.

Como analisar

A análise de cinco grandes operadoras realizada pela FEHOESP/SindHosp pode servir como parâmetro para que cada estabelecimento de saúde monte seu próprio painel. “O gestor não deve olhar para um ou outro indicador isoladamente, mas analisar o desempenho geral da operadora. Por exemplo, algumas têm um valor de tíquete médio maior e um prazo de pagamento pelos serviços prestados, menor. Mas quando analisamos a liquidez corrente da operadora, que nada mais é do que a disponibilidade de recursos em curto prazo, o indicador é ruim, está abaixo da média. Isso significa que se ela precisasse quitar todas as suas obrigações em curto prazo ela não teria recursos suficientes. Acredito que esse é um dado importante para o gestor na hora de negociar”, destaca a gerente de Controladoria da FEHOESP/SindHosp, responsável pela realização da análise, Denise Bezerra.

Ela lembra que a tabela foi elaborada com base no desempenho das operadoras e a média de cada indicador foi calculada com base nas cinco operadoras analisadas. Não é, portanto, a média do mercado de saúde suplementar, pois esses dados não constam do Anuário da ANS. “Para o prestador alguns indicadores em vermelho podem ser considerados bons ou razoáveis, mas para a operadora não, pois está abaixo da média. Por isso está em vermelho”, explica Denise Bezerra.

A tabela também traz as fórmulas de cálculo de cada indicador, o desempenho nos últimos dois anos das cinco operadoras analisadas e alguns comentários sobre os resultados. Por exemplo: a margem de lucro líquido (MLL) dessas operadoras cresceu em 2019, quando comparada a 2018. Em relação à média, no exercício passado, a cada R$ 100 vendidos as empresas tiveram um lucro líquido de R$ 6. Foi de R$ 5, em 2018.

 

Clique aqui e tenha acesso a análise na íntegra.

Clique e tenha acesso a íntegra do Anuário da ANS.

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