Médicos de SP questionam cobrança por trabalho de parto

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp) contestou parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) que permite a obstetras cobrarem de pacientes...

Compartilhar artigo

‘Se o valor pago é baixo, o paciente não tem nada com isso’, afirma representante de obstetras paulistas

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp) contestou parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) que permite a obstetras cobrarem de pacientes de planos de saúde pelo acompanhamento no trabalho de parto. Para o grupo de médicos paulistas, a assistência faz parte do procedimento do parto e não pode ser cobrada separadamente.

“Se o valor pago é baixo, o paciente não tem nada com isso”, diz o presidente da Sogesp, Cesar Eduardo Fernandes. A advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Joana Cruz, classifica a cobrança como abusiva.

O parecer do CFM libera que obstetras cobrem um valor que garantiria à gestante o direito de ser acompanhada das primeiras contrações até o nascimento. Entre as justificativas estão a de que o parto pode levar várias horas e as operadoras de saúde não pagam pelo acompanhamento.

Gestantes que aceitassem pagar deveriam depois pedir o reembolso às operadoras. O valor, que seria acertado na primeira consulta, garantiria assistência integral. Gestantes que não aceitassem teriam de fazer o parto com o obstetra de plantão no hospital. O parecer do CFM foi feito a pedido da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que deve estudar o assunto.

Na prática, a cobrança por fora para assistência integral já é feita pelos médicos. Gestantes de planos de saúde têm três opções: pagar a taxa extra para atendimento integral, fazer o parto com obstetra de plantão ou marcar uma cesárea com o médico que fez seu pré-natal. Isso poderia explicar, em parte, a epidemia de cesáreas no Brasil. Em 2010, o procedimento foi usado em 82% dos partos na rede conveniada – porcentual muito superior ao registrado na rede pública: 37%.

Embora critique a cobrança pelo acompanhamento, Fernandes é a favor da criação de outra taxa: a que garantiria a disponibilidade do médico. “Nenhum profissional fica de prontidão 24 horas por dia durante toda a semana sem receber por isso”, justifica. Ele argumenta que esse pagamento já ocorre indiretamente, nos partos pagos pela gestante. “As operadoras deturparam essa relação, pagando apenas pelo procedimento em si.” A taxa garantiria a disponibilidade do médico. “Para o parto de madrugada, de fim de semana ou qualquer outra emergência.”

O CFM afirmou que somente se manifestaria quando recebesse a notificação da Sogesp.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Artigos Relacionados...

Convenções firmadas

Firmadas Convenções Coletivas de Trabalho com SINSAUDESP

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOSAUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E TRABALHADORES EMESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE SÃO PAULO –SINSAUDESP, VIGÊNCIA

Curta nossa página

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

plugins premium WordPress
Rolar para cima