Projeto OncoRede propõe novo modelo de cuidado ao câncer

Proposta visa buscar meios para a aceleração do diagnóstico e tratamento

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O câncer é um dos maiores desafios para os sistemas de saúde. No Brasil, é a segunda causa de morte na população, e o número de casos tem crescido progressivamente, sendo estimadas 596 mil novas ocorrências apenas este ano. Para enfrentar esse cenário, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está propondo a implantação de um novo modelo de cuidado em oncologia para os beneficiários de planos de saúde. 

O projeto OncoRede, elaborado em parceria com institutos de pesquisa e representantes do setor, propõe um conjunto de ações integradas capazes de reorganizar e aprimorar a prestação dos serviços de saúde. Os resultados esperados são um diagnóstico mais preciso da situação atual do cuidado oncológico, o estímulo à adoção de boas práticas na atenção ambulatorial e hospitalar e melhorias nos indicadores de qualidade da atenção ao câncer na saúde suplementar. 

O projeto está sendo lançado nesta quarta-feira (05/10). A partir de então, operadoras de planos de saúde e prestadores (hospitais e clínicas) interessados em implementar as medidas deverão enviar à ANS seus projetos. Ao longo de um ano, as experiências serão monitoradas; os modelos que se mostrarem viáveis poderão ser replicados para o conjunto do setor, de forma a estimular mudanças sustentáveis no sistema de saúde.

“Hoje, pode-se dizer que o sistema de saúde brasileiro apresenta inúmeras barreiras para a continuidade do fluxo do paciente na rede assistencial, a fragmentação da trajetória de cuidado do paciente em diferentes prestadores de serviços de saúde, sem que haja um compartilhamento das informações necessárias entre estes atendimentos. Isso acaba atrasando e dificultando o tratamento e piorando os resultados”, afirma a diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira. 

Segundo a diretora, dois dos principais problemas que afetam diretamente a efetividade da atenção aos pacientes com câncer no Brasil dizem respeito à qualidade e integração do diagnóstico e das intervenções mais relevantes – quimioterapia, radioterapia, cirurgia – e à ausência de coordenação do cuidado prestado nos diferentes níveis de complexidade da rede na saúde suplementar. 

“Como o câncer exige um cenário de atenção tempestiva, de tratamentos continuados, prolongados, complexos e de alto custo, é fundamental que da suspeita do câncer ao tratamento e até o acompanhamento desses pacientes haja uma profunda articulação de todo esse processo para que se possa observar a melhoria dos desfechos clínicos e a redução nas taxas de mortalidade”, destaca. 

AÇÕES – Com base nessas constatações, o modelo proposto pela ANS contempla ações de promoção, prevenção e realização de busca ativa para que seja feito o diagnóstico precoce; continuidade entre o diagnóstico e o tratamento; informação compartilhada; tratamento mais adequado e em tempo oportuno, com articulação da rede a inserção da figura do navegador ou assistente de cuidado, para garantir que o paciente com suspeita ou diagnóstico de câncer consiga seguir o percurso ideal para o cuidado; pós-tratamento e outros níveis de atenção (cuidados paliativos); e a proposição de novos modelos de remuneração que garantam a sustentabilidade econômico-financeira do setor.

Para aprimorar o rastreamento de cânceres passíveis de detecção precoce, está sendo proposta a realização de estudo que permita às operadoras e prestadores medir o número de exames esperados em sua população, a identificação do caminho a ser percorrido pelo paciente após a suspeita de câncer e a definição de indicadores de monitoramento do acesso, da qualidade e do nível de coordenação do cuidado.

Em relação ao diagnóstico, é necessário que sejam estabelecidas rotinas e requisitos mínimos de qualidade e continuidade do cuidado, de forma a garantir o tratamento apropriado e oportuno, baseados em protocolos terapêuticos e nas melhores práticas disponíveis. 

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