Saúde debate oferta de valor

A entrega de valor em saúde é um tema que vem tomando cada vez mais espaço nas discussões do setor. Entre os dias 18 e 19 de março, gestores, administradores e pr

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A entrega de valor em saúde é um tema que vem tomando cada vez mais espaço nas discussões do setor. Entre os dias 18 e 19 de março, gestores, administradores e profissionais da saúde se reuniram em São Paulo para o 1º Congresso Latino-americano de Valor em Saúde (CLAVS) para abordar o assunto.

O evento, apoiado pela FEHOESP e com realização pelo Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS) trouxe nomes como Denizar Vianna Junior, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, e André Médici, economista sênior do Banco Mundial, para colocar em pauta os desafios e a sustentabilidade do setor quando o tema é oferta de valor.

De acordo com Vianna Junior, a discussão de valor deve ser influenciada pelo compartilhamento de informação e pela evolução para gestões eficientes. A tomada de decisão baseada em evidências é um dos conceitos destacados pelo secretário para garantir a sustentabilidade do setor e a resposta de valor em saúde que todos esperam.
 
 “Algo inadmissível que temos na saúde é a nossa incapacidade em medir e compartilhar dados. Nós somos capazes de fazer toda a trilha de um paciente desde a sua chegada no hospital até seu retorno para a casa, mas incapazes de computar esses dados e compartilhá-los entre si para transformar o modelo assistencial em algo eficiente e econômico para todos."

De mesma opinião, Médici aponta a fragmentação do sistema de saúde como um dificultador na discussão de valor. “Temos um sistema baseado em cobranças que não leva em conta a totalidade do cuidado com o paciente. É necessário dar um novo enfoque ao sistema de pagamentos, associando ao ciclo de cuidados. Para isso, o setor precisa redefinir custos, investir, mudar a forma de compra e pagamento e medir resultados. Somente assim aprenderemos a agregar valor."

Quando o assunto é remuneração, o economista é enfático. O pagamento baseado em valor, o chamado VBHC (Value Basement Healthcare) necessita de investimentos que se paguem, como por exemplo a integração dos cuidados e unidades de saúde, expansão de serviços de excelência em todos os locais, mudança na gestão e capacitação dos profissionais de saúde, mudança nos sistemas de pagamento para resultado em rede e mensuração de resultados e custos por paciente.

Estiveram presentes, pela FEHOESP, o presidente da Federação e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Junior, e o diretor da Federação e vice-presidente do Sindicato, Luiz Fernando Ferrari Neto. 

A cobertura completa do evento você confere na edição de abril da Revista FEHOESP 360.

 

Por Rebeca Salgado
Foto: Divulgação IBRAVS

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