Sírio-Libanês cria centro para usar o DNA contra câncer

Nos próximos cinco anos, uma parceria entre o Hospital Sírio-Libanês e o Instituto Ludwig deve investir R$ 30 milhões para tentar um feito que ainda escapa a cientistas...

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Biólogos e médicos terão investimento de R$ 30 milhões para criar drogas antitumor personalizadas e precisas

Nos próximos cinco anos, uma parceria entre o Hospital Sírio-Libanês e o Instituto Ludwig deve investir R$ 30 milhões para tentar um feito que ainda escapa a cientistas e médicos: usar os dados do genoma humano como arma contra o câncer. O Ludwig é um instituto de pesquisas oncológicas com braços em sete países.

A parceria está montando o que chama de um centro de oncologia molecular no IEP (Instituto de Ensino e Pesquisa) do Sírio-Libanês. Ao todo, cerca de 15 pesquisadores, sem contar alunos de pós-graduação, vão ocupar as instalações do centro, que devem estar concluídas no começo do ano que vem.

“A sociedade está coberta de razão quando cobra mais aplicabilidade para os dados vindos do genoma”, afirma o bioquímico Luiz Fernando Lima Reis, diretor de pesquisa do Sírio-Libanês.

“Vamos colocar esforço no que a gente enxerga aplicabilidade. Nas universidades, a distância entre o pesquisador e o paciente é muito grande.”

Reis e seus colegas unirão forças com os médicos do hospital que cuidam diretamente de pacientes com câncer, em especial de tumores como os de próstata, cabeça e pescoço, mama e intestino.

Amostras dos tumores serão analisadas no nível do DNA, em busca de mutações específicas que possam indicar qual será a progressão da doença ou a resposta do câncer a medicamentos.

Ao mesmo tempo, remédios inovadores poderão ser testados com mais agilidade, afirma Reis. A equipe de uma das especialistas do Ludwig, a bióloga Anamaria Camargo, deverá se transferir para o hospital paulistano.

O desenvolvimento de drogas personalizadas também está na mira do projeto. “A gente está partindo de um modelo em que uma droga trata muita gente para outro, em que muitas drogas diferentes vão tratar pouca gente, com 40 drogas diferentes para câncer de pulmão.” Cada uma delas seguiria o perfil genético do paciente, com menos efeitos colaterais.
 

Fonte: Folha de S. Paulo

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