Conselho de saúde questiona critério do SOS Emergências

O Ministério da Saúde foi cobrado, em reunião do Conselho Nacional de Saúde, sobre os critérios para a escolha dos 11 hospitais que receberão financiamento do programa SOS Emergências.

Compartilhar artigo

Entidade quer saber por que ministério beneficiou Estados com mais recursos nesta primeira etapa

O Ministério da Saúde foi cobrado, em reunião do Conselho Nacional de Saúde, sobre os critérios para a escolha dos 11 hospitais que receberão financiamento do programa SOS Emergências. Entre as unidades beneficiadas na primeira etapa estão hospitais de Estados com mais recursos, como Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul, enquanto os que enfrentam problemas nos serviços de emergência, como Rondônia e Pará, ficaram de fora.

Ontem, o ministro Alexandre Padilha esteve no Rio para visitar os primeiros hospitais que assinaram convênio com o governo federal – o Hospital Estadual Albert Schweitzer e o Hospital Municipal Miguel Couto, que adotam as regras que a pasta quer estender às outras emergências, como acolhimento de pacientes, triagem por risco e leitos de UTI regulados por central.

“O único recurso que pode ter poder redistributivo, de trazer equilíbrio entre os Estados, é o federal. É fundamental que ele sirva para fazer esse balanço. Mas, por fatores políticos e institucionais, isso não ocorre”, afirmou a professora Ligia Bahia, vice-presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação de Saúde Coletiva, que integra o CNS.

O programa prevê incentivo anual de R$ 3,6 milhões para ampliação e qualificação da emergência e R$ 300 mil mensais para um Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar, responsável por fazer diagnósticos e solucionar os principais problemas da emergência. Os hospitais podem pleitear R$ 3 milhões para aquisição de equipamento e reforma.

“O programa está focado nas maiores urgências e emergências, as que têm papel mais decisivo no salvamento de vidas”, disse o ministro. Lembrado de que a emergência do Miguel Couto já era bem estruturada, afirmou:
“Precisamos apoiar as primeiras medidas já tomadas e ampliar ainda mais o atendimento”.

Diretor da Câmara Técnica de Urgência e Emergência do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro elogiou a medida. “Podemos questionar os critérios, mas é preciso começar por algum lugar. O sistema de emergência está exaurido. É a face mais perversa do SUS, porque a população não tem acesso ao atendimento básico e vai aonde sabe que será atendida.”

A visita ocorreu um dia após funcionários do Hospital Federal Cardoso Fontes terem paralisado a emergência pediátrica, cobrando contratação de médicos. O hospital fechou seis setores em outubro por esse motivo. Padilha disse que 230 médicos aprovados em concurso para o Rio foram chamados nesta semana.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Artigos Relacionados...

Últimas Notícias

O silêncio dos partidos sobre a saúde

Propostas contidas nos programas de governo, em sua maioria, são genéricas e, com frequência, inexequíveis As mazelas do sistema de saúde costumam figurar entre as

Curta nossa página

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

plugins premium WordPress
Rolar para cima